PCMG investiga golpe do falso emprego na capital

Duas mulheres, mãe e filha, foram conduzidas pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), nesta quarta-feira (20/9), suspeitas de envolvimento em esquema de estelionato, conhecido como golpe do falso emprego, na região Central de Belo Horizonte.

Conforme investigado pela equipe da 4ª Delegacia de Polícia Civil Centro, as vítimas, a maioria menores de idade ou jovens adultos desempregados, eram contatadas pelas suspeitas por telefone. Durante a conversa, as vítimas eram convidadas a participar de entrevistas de emprego na empresa, situada na Rua dos Goitacazes, Centro de Belo Horizonte, com a promessa de uma vaga de emprego.

No local, os interessados passavam por entrevistas e exames com funcionários, que informavam a eles que as qualificações profissionais eram insuficientes para obter uma vaga de trabalho. Então eram oferecidos cursos de aperfeiçoamento, ofertados pela empresa a preços variados, com a condição de que apenas após a conclusão desses treinamentos as vítimas poderiam ser empregadas.

Assim, a PCMG realizou hoje (20) a operação Falsa Esperança, na suposta empresa, onde foram apreendidos diversos documentos, celulares e computadores que auxiliarão na continuidade das apurações. As proprietárias da empresa, mãe e filha, estavam no local, assim como duas vítimas e funcionários. Todos foram conduzidos à delegacia para prestar esclarecimentos.

O delegado responsável pelo inquérito policial, Alessandro Santa Gema, destaca a forma padrão adotada pelos suspeitos para ludibriar as vítimas. “Nossos levantamentos mostram que a forma como os investigados agiam sempre consistia em atraí-las [as vítimas] com oferta de empregos garantidos aos jovens à procura de uma posição no mercado de trabalho e, então, vender cursos que seriam imprescindíveis para obter a vaga. Porém, tal vaga não existia em vários casos relatados pelas próprias vítimas que se sentiram lesadas”, informou o delegado.

As duas mulheres foram conduzidas à Delegacia de Plantão, onde foram ouvidas sobre os fatos. As investigações prosseguem

PCMG

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