
Visando desarticular uma organização criminosa especializada em estelionato e lavagem de dinheiro, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) deflagrou, nesta semana, a operação Scammers. Na ação, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão e uma prisão preventiva em Guarulhos (SP), com apoio da Polícia Civil do Estado de São Paulo.
As investigações, conduzidas pela 3ª Delegacia de Polícia Civil Centro – Belo Horizonte, começaram no fim de 2023, após uma vítima relatar um golpe envolvendo ligação fraudulenta e instalação de programa de espelhamento no celular, que permitiu aos criminosos acessar senhas e movimentar indevidamente cerca de R$ 50 mil.
Com o avançar dos levantamentos, a equipe identificou que o grupo tem sede na Grande São Paulo, com atuação em diferentes estados. Foi apurada, ainda, a partir de dados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), altas movimentações financeiras, sendo em apenas uma delas, a transação na ordem de R$ 1 milhão entre membros da organização, incompatíveis com a renda dos investigados.
Alvos
O trabalho investigativo que desencadeou a operação, nesta fase, focou dois suspeitos – um deles, de 28 anos, preso na última quarta-feira (9/4) – com atuação na parte financeira da organização e também praticantes de golpes. Eles são apontados como os responsáveis por movimentar quantias expressivas em intervalos de quatro e seis meses.
Ainda segundo apurado, a dupla alvo obtinha contas bancárias de laranjas, que as cediam em troca de uma porcentagem dos depósitos, e repassavam valores para outros integrantes do grupo.
Apreensões
Durante as buscas realizadas em Guarulhos, foram apreendidos diversos materiais ilícitos, incluindo dinheiro, máquinas de cartão, aparelhos celulares e 17 cartões bancários em nome de terceiros.
Os policiais já haviam cumprido três mandados de busca contra outros suspeitos, bem como realizado oitivas que possibilitaram a identificação de demais integrantes da organização e a expedição das ordens judiciais cumpridas recentemente. As investigações continuam visando à identificação de mais membros e à responsabilização penal dos envolvidos.
PCMG