
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) deflagrou, nessa quarta-feira (4/6), uma operação policial para cumprimento de mandado de busca e apreensão contra uma empresa localizada na região central de Belo Horizonte, investigada por aplicar golpes financeiros em aposentados.
Durante a ação, foram realizadas buscas em um imóvel na região da Pampulha, onde foi apreendida grande quantia em dinheiro, cartões bancários, documentos, objetos de interesse da investigação e um veículo de luxo, avaliado em mais de R$ 150 mil, suspeito de ter sido adquirido com recursos provenientes dos crimes.
De acordo com as investigações, conduzidas pela 4ª Delegacia Regional Centro, a empresa é suspeita de firmar contratos fraudulentos de empréstimos consignados em nome das vítimas, comprometendo a renda mensal de dezenas de idosos. Os crimes vêm sendo praticados desde 2022, quando as primeiras denúncias chegaram à Polícia Civil.
Esquema criminoso
Conforme explicou o delegado Alessandro Santa Gema, as vítimas relataram que foram convencidas por representantes da empresa de que teriam valores a receber do INSS. “Ao comparecerem ao local, eram induzidas a assinar contratos de empréstimos no valor máximo permitido com base em suas margens consignáveis. Os valores, então, eram desviados pelos próprios funcionários da empresa”, revelou.
Ainda segundo Santa Gema, muitos aposentados ficaram em situação de vulnerabilidade após os golpes, sem condições de custear despesas básicas.
Além do crime de estelionato, os investigados também são investigados por lavagem de dinheiro. “Foi apurado que, em dois anos, os investigados movimentaram a quantia de aproximadamente R$ 38 milhões. Ainda de acordo com as movimentações bancárias, obtidas por meio da quebra de sigilo autorizada judicialmente, há suspeitas de ligação dos investigados com outra organização criminosa sediada no estado de São Paulo, com atuação em âmbito nacional”, completou o delegado.
As investigações prosseguem com a análise do material apreendido, visando identificar outros envolvidos, ampliar a compreensão do alcance do esquema e apurar o total de prejuízo causado às vítimas.
PCMG