Cinco prisões pela PCMG marcam a 2ª fase da operação Arcanjo

Cinco mandados de prisão foram cumpridos pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), nesta quarta-feira (30/4), na segunda fase da operação Arcanjo, que combate o abuso sexual de crianças e adolescentes. As prisões por estupro de vulnerável ocorreram nos bairros Santa Amélia e Inconfidência, em Belo Horizonte, na cidade de Sete Lagoas, região Central do estado, e no município de Jequitaí, no Norte de Minas.

Três prisões, duas preventivas e uma de condenação, são fruto de investigações da equipe da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e Adolescente (Depca); as demais resultaram da atuação da equipe da Delegacia de Polícia Civil em São Domingos do Prata.

Investigações BH

Um dos mandados cumpridos é o de condenação de um homem, de 71 anos, preso no bairro Santa Amélia, região Leste da capital. Investigado e indiciado pela PCMG por abusar da filha, ainda criança, ele foi condenado por 23 anos e quatro meses de prisão. Os fatos ocorreram no bairro Sagrada Família, quando a vítima, com 8 anos, ia visitar o pai. No entanto, ela só conseguiu denunciar os abusos aos 17 anos. “Os pais eram separados e quando a mãe resolveu reatar o relacionamento, a menina relatou os abusos sofridos”, revelou a delegada Thaís Degani, responsável pela investigação.

Os outros dois mandados de prisão preventiva são de investigações distintas e os crimes ocorreram no bairro Copacabana, região de Venda Nova. Uma das apurações, iniciada em 2018, culminou na prisão do suspeito, atualmente com 52 anos, em Sete Lagoas. “Ele era companheiro da avó da vítima. A menina, de 14 anos à época, relatou que era abusada desde os 11 anos”, explicou o delegado Rodolfo Rabelo, da Depca.

A outra prisão é de um inquérito de 2019 com processo judicial em curso e com o apoio da equipe da Delegacia de Polícia Civil em Jequitaí, o homem, hoje com 35 anos, foi preso. “Ele teria abusado da enteada que relatou, por meio de escuta especializada, que eram introduzidos objetos nela e ainda era obrigada a fazer sexo oral nele. Esses fatos perduraram por anos, sob ameaças de morte, e só com 14 anos a vítima contou à mãe sobre os abusos”, frisou o delegado Diego Lopes, da Depca.

Apoio operacional

Como parte da operação Arcanjo, com o apoio operacional da Depca à equipe da Delegacia em São Domingos do Prata, foram cumpridos outros dois mandados de prisão preventiva em BH contra um casal. O homem, de 39 anos, foi preso por estupro de vulnerável, e a mulher, de 41, por tortura, crimes ocorridos na cidade de Dionísio, região Leste do estado. Na ação, o investigado também foi preso em flagrante por descumprimento de medida protetiva.

Crimes

Em setembro de 2024, a equipe da Delegacia em São Domingos do Prata iniciou uma investigação de estupro de vulnerável a partir de uma denúncia de uma mulher de 23 anos, acometida por transtornos mentais, que era abusada sexualmente pelo padrasto. “Pelas apurações, os abusos resultaram na gravidez da vítima, e a mãe dela, esposa do suspeito, tinha conhecimento dos abusos, mas era omissa”, informou o delegado Raphael Machado, responsável pelo inquérito, que requereu medidas protetivas para a vítima.

Ainda, de acordo com o delegado, ao longo da investigação, surgiram informações de que ao menos um dos filhos do investigado teria sofrido diversas agressões e privação de alimentação, com participação direta da esposa. “Em 24 de abril deste ano, uma criança de 9 anos, um dos filhos do suspeito, foi sozinho à delegacia buscar ajuda por conta dos abusos que vinha sofrendo por parte dos investigados. Na ocasião, ele disse que estava há dois dias sem comer”, declarou Machado.

A PCMG representou ao Poder Judiciário pela prisão preventiva dos investigados, e com as informações de inteligência de que o casal estava na capital, os mandados foram cumpridos no bairro Inconfidência. Como a vítima de 23 anos também estava no imóvel, o homem foi detido em flagrante por descumprir medida protetiva.

PCMG

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