Operação Cerberus mira crime organizado em Belo Horizonte

Nove prisões de alvos estratégicos e 17 mandados de buscas e apreensão cumpridos. Esse é o resultado da operação Cerberus, desencadeada pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) na manhã desta quinta-feira (29/5), em repressão a uma organização criminosa atuante na região Leste da capital mineira.

O grupo é investigado pelos crimes de tráfico de drogas, homicídio e lavagem de dinheiro, e os principais suspeitos, 12 no total, foram identificados ao longo de mais de sete meses de apurações. A investigação apontou para um sofisticado esquema, com divisão de tarefas e estrutura ordenada.

A chefe da PCMG, delegada-geral Letícia Gamboge, destacou a importância da operação: “Minas Gerais é um estado seguro. Não há espaço ou território em Minas onde a Polícia Civil não entre. O poder é o poder do Estado, é o poder das forças de segurança. A ação foi contra indivíduos que se diziam faccionados, mas a organização foi totalmente desmantelada”.

Durante a ação, foram apreendidos drogas, documentos e celulares. “Esses materiais nos ajudam a fortalecer as investigações do crime organizado e na identificação de demais autores”, pontuou o chefe do Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Álvaro Huertas. 

Investigações

De acordo com a delegada Ana Paula Rodrigues, as investigações que culminaram na operação tiveram início com a apuração de uma execução ocorrida em outubro de 2024, no Taquaril, motivada por conflitos ligados ao tráfico de drogas. “Desmembramos, então, para um outro inquérito de organização criminosa, tendo em vista as informações muito claras que se apresentaram de uma estrutura ordenada entre os membros desse grupo”, informou.

Na ocasião do homicídio, um homem foi preso em flagrante, e outro posteriormente em decorrência do trabalho investigativo. “Esses dois envolvidos participavam da organização criminosa como vendedores diretos. Além deles, foram identificados outros, e, hoje, presos mais três líderes, dois gerentes e quatro vendedores diretos do produto, que forneciam a droga para a região do Sul de Belo Horizonte”.

O delegado Matheus Marques ressaltou que, além da investigação criminal acerca de crimes contra a vida consumados na localidade – oito em investigação – a operação buscou impactar na segurança local. “Essa foi uma ação de extrema importância para restabelecer a paz e a manutenção da ordem na região do Taquaril”, observou. 

Cerberus

O nome da operação remete a uma criatura mitológica, da Grécia Antiga, tratando-se de um cão monstruoso de três cabeças que guardava a entrada do Hades, o mundo dos mortos, impedindo a saída das almas e o acesso de intrusos. A escolha do nome simboliza o papel da polícia na contenção da criminalidade e na proteção da sociedade contra a atuação de grupos que impõem o terror à população.

Sob a coordenação da 2ª e da 5ª Delegacia de Homicídios, a operação contou com 120 policiais civis do DHPP, do Departamento Estadual de Operações Especiais (Deoesp) e das unidades operacionais da Coordenadoria de Operações Estratégicas (COE) – coordenações Aerotática (CAT), de Operação com Cães (COC) e de Recursos Especiais (Core).

PCMG

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